O MENINO E AS POMBAS DA PRAÇA—
Todas as manhãs, na praça central da cidade, um garoto de nome Jonas sentava-se em um banco com seu boné ao lado, enquanto observava a vida ao seu redor. Jonas era um menino cujos pais estava sempre ocupados, fora de casa. Para ele, aquela praça era seu lar e as pombas que ali viviam eram suas companheiras mais leais.
Jonas tinha um ritual diário: ele juntava migalhas de pão, restos que conseguia de restaurantes próximos, e espalhava no chão para as pombas. Elas vinham em bandos, como se o conhecessem, e cercavam Jonas com seus movimentos leves e suas asas batendo suavemente. Para ele, alimentar as pombas era mais do que um gesto de generosidade — it era uma troca silenciosa. Em troca das migalhas, elas ofereciam companhia, distração e uma sensação de conexão com algo maior.
Certo dia, Jonas notou algo estranho. Uma das pombas, com penas acinzentadas e um olhar atento, aproximou-se mais do que o habitual. Para sua surpresa, ela carregava no bico um pequeno pedaço de papel. Curioso, Jonas abriu o papel, que tinha uma mensagem escrita:
*"Mesmo aqueles que têm pouco podem oferecer muito."*
A mensagem o emocionou profundamente. Ele nunca soube como a pomba encontrou o papel ou quem escreveu a mensagem, mas, a partir daquele dia, Jonas passou a acreditar que cada gesto de bondade — por menor que fosse — tinha um impacto.
Ele continuou alimentando as pombas, não apenas com migalhas, mas também com um coração cheio de esperança.