a brisa vai entrando suavemente
por uma fresta da recostada porta,
tocando em seu rosto inutilmente
ela não mais respira, já está morta.
sem convite, a Morte entrou sorrateira,
acercando se do leito da donzela,
inclina-se maternal à cabeceira,
toca-lhe a face com sua mão magrela.
despertando ela sorri e agradece,
esta visita gentil que se oferece
para seu último pedido atender.
a Morte, criatura indesejada,
quase sempre má figura retratada,
tem a missão de nossa alma recolher.