lá vamos nós pra fazenda
pra passar o feriado
levando de encomenda
um frango bem temperado
pescaremos no riacho
tilápia, pacu, lambari
faremos doce no tacho
goiaba, mamão murici
o leitinho é retirado
na caneca cai quentinho
e o bezerro amarrado
espera por seu restinho
as galinhas cacarejam
pulando fora dos ninhos
no galinheiro festejam
a produção dos ovinhos
chega a hora do almoço
mesa posta no terreiro
todos correm em alvoroço
a vovó diz, e costumeiro
o primeiro que chegar
tem direito a escolher
o ossinho a sortear
no peito a se esconder
um fato inusitado.
por essa não esperei,
no esterco amontoado
até o joelho atolei.
pela bosta me arrastei,
da bosta tentei sair ,
na bosta me apoiei
o povo todo a rir.
a ajuda não chegava.
por fim a vara arranjaram.
confiante me agarrava,
mas eles escorregaram,
então a vara larguei,
consegui com muito custo,
daquela lama escapei,
depois do grande susto,
fui à bica me lavar.
olhei para o pessoal,
não dava pra acreditar,
afundado no curral,
achei até engraçado.
da fazenda retornando,
o incidente passado
concluimos, concordando
que a bosta fez bem, quem diria!
sem o estresse contumaz,
o que o corpo sofria
deixamos lá para trás.