Gente boa
Nós geração pós-segunda guerra, vimos pela TV o homem pisar na Lua, ganhamos nossa pílula-de-cada-dia, curtimos rock, twist e cha-cha-cha, Beatles e Rolling Stones, protestamos pelo fim da guerra do Vietnã, encaramos ditaduras, vivenciamos os anos dourados, tivemos nossos poetas geração 80, cantamos as canções dos festivais de MPB, lemos Neruda, Garcia Marques, tínhamos o retrato do Che na camisa, e, hoje, estamos driblando o Alzheimer e o Parkinson, dispomos de Pilates, Yoga e melhor alimentação, somos uma classe média privilegiada.
Fomos independentes até agora, mas chegou o momento de ouvir a geração que nos pede para #ficaremcasa, #stayathome e evitar exposição diante da pandemia do coronavírus.
Não podemos nos permitir adoecer por desmazelo com nossa vulnerabilidade.
Vamos permanecer em casa e aceitar a ajuda de quem se dispõe a nos ajudar nestes dias de confinamento.
Não causemos preocupações em demasia para nossos filho/as e neto/as.
Eu não quero morrer sem poder me despedir dos meus queridos, tampouco deixá-los sem poder dizer adeus. Não quero ficar isolada numa UTI, caso eu seja sorteada e levada pra lá. Quero morrer com a plateia cantando Gloria Gaynor - I Will Survive.
Não somos mais a “JuventudeTransviada” dos anos 60...